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Colégio usa DNA internacional para desenvolver projeto em nível de excelência

Colégio usa DNA internacional para desenvolver projeto em nível de excelência

A instituição Marista tem o caráter internacional em sua essência, pois já nasce com vocação para estar em diferentes lugares ao redor do mundo, mesclando a cultura de cada comunidade com o reconhecido sistema de ensino. Foi com essa mentalidade que o Colégio Marista Rosário, de Porto Alegre, sistematizou as principais ações de internacionalização a partir do ano de 2016. 

Tudo começou com a criação de um grupo de trabalho dedicado exclusivamente ao tema. O trabalho evoluiu, com ações em diversas frentes, culminando com a criação do Núcleo de Internacionalização, três anos mais tarde. O projeto foi reconhecido com a medalha de Ouro na categoria Gestão Institucional do Prêmio Inovação SINEPE/RS 2023.

>> Confira o vídeo de apresentação do projeto na Defesa Pública do Prêmio Inovação SINEPE/RS

https://sinepersplay.com.br/app/premio-inovacao-sinepe-rs/defesa-dos-projetos-finalistas-2023/nucleo-de-internacionalizacao-do-colegio-marista-rosario

“Já tivemos diferentes configurações”, conta a coordenadora de Tecnologia, Inovação e Internacionalização do colégio, Amanda Nascimento da Silva. Ela se refere especialmente à distribuição de tarefas e das áreas de profissionais envolvidos no projeto. “O objetivo é que isso seja trabalhado no dia a dia e de forma transversal. Contamos com profissionais de diferentes olhares e experiências, em setores variados da escola, como vice direção, comunicação, coordenação pedagógica, professores e estudantes”, exemplifica.

A participação dos alunos ainda não se dá em nível de gestão do projeto, mas em grupos de estudos. No futuro, a ideia é que sejam alçados ao grupo que cuida de todos os detalhes, indo do planejamento à execução das atividades. “Acaba sendo um espaço de discussões, então é interessante que tenhamos profissionais com diferentes perfis e vivências para enriquecer esse debate. É uma pauta bastante estratégica na nossa escola e no grupo Marista do Brasil como um todo”, explica Amanda.

 

Se os estudantes ainda não integram o grupo que norteia as decisões do núcleo, não significa que falte atividade para eles. Aliás, pelo contrário: o tempo dos jovens parece estar sendo investido em coisas mais interessantes para o momento de vida em que estão. Eles participam de muitas formas. 

“O núcleo é muito maior do que o momento das reuniões, que são de planejamento. Ele se constitui verdadeiramente nas atividades do cotidiano, tanto curriculares quanto extracurriculares. Ele conta com uma abordagem bastante global”, garante a coordenadora. Entram nessa conta oportunidades como os intercâmbios, virtuais ou presenciais, e atividades de conexão com outras unidades da Rede Marista, em diferentes estados e países.

Os clubes, que são iniciativas extraclasse no turno inverso, de acordo com o interesse dos estudantes, também criaram pontos de intersecção com o Núcleo de Internacionalização. Em diversos momentos, as atividades ganham um tempero internacional, como nas simulações de relações diplomáticas e no estudo de Inglês avançado. Trocando em miúdos, o projeto do colégio não está em uma sala ou um momento, mas perpassando os mais diferentes eixos de ensino da instituição, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio – incluindo o high school, com certificação dupla.

A ação mais recente foi a criação de um grupo de estudos sobre internacionalização. Além disso, os alunos participam de jornadas, campeonatos e olimpíadas que trabalham com o assunto. A temática também dá subsídio para tratar de competências que dizem respeito ao mundo moderno do trabalho, como inovação, hubs e ecossistemas.

Desenvolvimento dos estudantes

O impacto do amplo projeto de internacionalização sobre o processo de aprendizagem dos alunos é gigantesco, segundo Amanda. A bem da verdade, dito pelos próprios estudantes e repetido por ela ao Educação em Pauta. “Desde ampliação de repertório de vida e visões de mundo, que proporciona maior engajamento. Eles passam a compreender de forma mais profunda a complexidade social, diversidade, importância da empatia e de se colocar como cidadão ativo perante situações contemporâneas globais”, analisa. 

Para ela, este é justamente um dos grandes ganhos do projeto, que agrega riqueza pessoal e acadêmica, pela questão de envolver proficiência em diferentes idiomas – não somente a compreensão, mas também a fala, a eloquência, colocar-se e conhecer a cultura de onde aquela língua é falada, enfim, desenvolver capacidade de interação de forma irrestrita. “Eu destacaria, também, a questão da autonomia desses estudantes. São desenvolvidas diversas habilidades, como a proatividade, gestão do tempo, criatividade, pensamento crítico, tudo se intensifica a partir da participação em projetos ligados a essa temática. Formamos um cidadão mais preparado globalmente”, acredita.

Capacitação

A formação dos professores e demais funcionários ligados ao projeto se dá de forma contínua. São reuniões semanais e jornadas pedagógicas de duas a três vezes por ano, além de muitas formações pontuais. Esse processo vem desde 2016, quando houve a sistematização. À época, pesquisadores internacionais já desembarcaram em Porto Alegre para debates e congressos com os professores e gestores.

Desta forma, o movimento pelo qual o estudante passa, o educador, também. ”A gente atua de forma muito colaborativa nesse e em outros setores da escola. Essa atuação se dá em nível local, mas também mais amplo. Temos uma série de formas de fazer isso. As reuniões do núcleo são espaço para apresentar indicadores, mas temos o informativo do colégio, que também traz dados relacionados a esses projetos, relatórios, redes sociais, muito do que entregamos pela formação dos estudantes”, destaca Amanda.

Se os estudantes e os professores passam pelas mesmas experiências, e os estudantes participam de intercâmbio com seus pares em outras instituições da rede Marista, então os educadores também acessam esse tipo de oportunidade. Uma organização intitulada Champagnat Global reúne 96 unidades educacionais do Brasil e representantes de diversos continentes, que se comunicam por meio de plataformas digitais próprias. Além disso, boletins informativos e eventos contam com pesquisadores internacionais, e formações promovidas em outros países também podem ser acessadas daqui.

“Também estamos planejando projetos em parceria. Neste momento, estamos desenvolvendo intercâmbio virtual com um colégio Marista do México, assim como fizemos com a localidade de Carcavelos, na cidade de Cascais, em Portugal. Vai desde a troca de cartas entre estudantes do Ensino Fundamental, até debates mais aprofundados sobre a cultura do lugar, por estudantes do Ensino Médio”, detalha Amanda. 

Já nos eventos, comitivas de outros países costumam participar em nome da internacionalização das atividades. Recentemente, o colégio foi sede do maior evento de grêmios estudantis que a rede já presenciou, recebendo um grupo que veio do Chile para compartilhar sua experiência de internacionalização em nível de grêmio estudantil – de modo que possa ser replicado aqui.

Projetos

Entre as iniciativas que têm se destacado está a dupla certificação. Já são mais de 100 alunos participando do programa, entre o oitavo ano e todo o Ensino Médio. Os estudantes têm contato, simultaneamente, com os currículos brasileiro e estadunidense, com formação com professores certificados, muitas vezes nativos e, principalmente, contato com colegas de diferentes partes do mundo. “Isso enriquece muito a proficiência funcional no idioma e traz para o estudante uma oportunidade de ter contato com disciplinas e saberes de um nível de Ensino Superior ainda no Ensino Médio. Modifica completamente a forma como ele se coloca no mundo, abrindo espaço para que tenha experiências no Exterior ou ser contratado por empresas estrangeiras mesmo vivendo no Brasil. Uma espécie de divisor de águas”, avalia Amanda.

O modelo passa por adaptações sempre que necessário. Hoje, conta com uma formação de dupla certificação com 24 créditos anuais, sendo 18 do currículo brasileiro e 6 do estadunidense – quatro obrigatórias e duas eletivas. O estudante acompanha tudo isso de forma 100% online, por meio de uma plataforma específica, com retornos semanais ou até mais frequentes.

A instituição parceira nessa empreitada é a Academica International Studies, da Flórida. A ação inclui a possibilidade de interagir com professores e estudantes de diferentes lugares do mundo. E os brasileiros fazem bonito: no segundo semestre de 2023, o Colégio Marista Rosário teve dois estudantes premiados por alcançar no mínimo os conceitos A e B em todas as atividades. “A gente percebe que eles se qualificam nos dois idiomas e currículos”, define a coordenadora.

Outra iniciativa interessante é o Clube de Relações Diplomáticas. Ele proporciona uma série de experiências ligadas ao conhecimento de outros países. Em 2023, um grupo de alunos teve a oportunidade de estar na Universidade de Harvard, nos arredores de Boston, nos Estados Unidos, participando de uma simulação local. A viagem também foi aproveitada para eles conhecerem a sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Na prática, cumpriram à risca o que aprenderam no colégio: entender o contexto de diferentes comunidades ao redor do mundo, ter empatia sobre os países, de modo geral, e compreender a diversidade cultural.

 

 

 

 

Conheça os demais projetos vencedores da categoria:

 

Prata:

Colégio Farroupilha desenvolve projeto em prol de uma educação universal
https://sinepe-rs.org.br/educacaoempauta/inspire-se/colegio-farroupilha-desenvolve-projeto-em-prol-de-uma-educacao-universal/

Bronze:
Educação 4.0: autonomia de alunos é estimulada em colégio da capital gaúcha
https://sinepe-rs.org.br/educacaoempauta/inspire-se/educacao-4-0-autonomia-de-alunos-e-estimulada-em-colegio-da-capital-gaucha/

 

Fonte: Site Educação em Pauta

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